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Publicado 2 de Abril 2025

Vida e Obra – Silva Porto

Vida e Obra de Silva Porto 

António Carvalho da Silva nasceu no Porto, em 1850, cidade que adotou como nome artístico, e faleceu em Lisboa em 1893. Apesar da sua curta vida, deixa um significativo legado artístico. Conhecido como “o Garrett da pintura portuguesa” por Ramalho e aclamado “Divino Mestre” pelos companheiros, Silva Porto iniciou-se na pintura desde cedo.   

Após concluir os seus estudos na Academia Portuense de Belas-Artes, partiu em 1873 para Paris, como pensionista do Estado em Pintura de Paisagem. Em França, pintou em Barbizon, o lugar mítico que marcou o nascimento do Naturalismo, e em Auvers teve a oportunidade de conviver com Daubigny, um dos mestres do movimento. 

Exibiu as suas obras no Salon de Paris em 1876 e 1878. Estabeleceu-se em Roma e, durante uma viagem com o Marquês de Oliveira, percorreu várias cidades de Itália. 

Em 1879, regressou a Portugal. As paisagens que apresentou na histórica exposição da Sociedade Promotora das Belas-Artes, em 1880, marcaram a introdução da estética naturalista no país. À sua volta, formou-se um grupo de jovens pintores, que se reunia anualmente nas “Exposições de Quadros Modernos” e que Columbano viria a popularizar em 1885, no retrato coletivo O Grupo do Leão. 

Nos últimos anos da sua carreira, dedicou-se à pintura de tipos e costumes regionais, temática que seria mais tarde explorada de forma exuberante por Malhoa e Carlos Reis. 

Em cumprimento da disposição testamentária do seu marido, Elisa Adelaide Bessa Lima, viúva de Eduardo Honório de Lima, doou à Câmara Municipal do Porto, em 1941, 21 quadros de Silva Porto. Este conjunto de obras consta do Inventário Geral do Museu Municipal do Porto de 1938/39, sendo que o acervo foi depositado no Museu Nacional de Soares dos Reis em 1940/41, conforme o Decreto-Lei nº 27.879 de 21 de julho de 1937. 

Entre as diversas obras de Silva Porto expostas no Museu Nacional Soares dos Reis, destacam-se: “Conduzindo o rebanho”, “Uma marinha”, “No areinho, Douro” e “Ceifeiras”. Alguns títulos de uma extensa lista, que podem ser vistos no Museu.