As mulheres artistas do Museu

No Dia Internacional da Mulher, celebramos as conquistas e a contribuição das mulheres para o mundo da arte. O Museu Nacional Soares dos Reis, tem o privilégio de exibir o trabalho de várias artistas que, com talento e dedicação, marcaram a história da arte portuguesa.

Josefa d’Óbidos foi uma pintora barroca do século XVII, conhecida pelos seus temas religiosos e naturezas mortas. Nascida em Sevilha, estabeleceu-se em Óbidos, onde se destacou como uma das poucas mulheres a exercer a pintura como profissão.

No Museu, podemos apreciar a sua obra “O Casamento Místico de Santa Catarina”.

Francisca de Almeida Furtado, oriunda de uma família de artistas, destacou- se na pintura de miniaturas, com um estilo único e refinado, tornando-se reconhecida como miniaturista.

No Museu, podemos admirar o seu trabalho em “Retrato do Conde de Samodães” e “Retrato de D. Albertina Borges de Castro e seu filho Manuel”.

Maria da Glória Ribeiro, uma das raras mulheres que, na época, se dedicaram à escultura em Portugal, e a primeira a ter um trabalho integrado num jardim público de Lisboa. Com uma formação sólida, frequentou ainda o Curso de Desenho da Académie Colarossi, onde recebeu um primeiro prémio.

A sua escultura “O Eco”, está em exposição no MNSR.

Sofia Martins de Souza, irmã da famosa Aurélia de Souza, fez parte da vanguarda artística da época, destacando-se com as suas obras que representam a intimidade e a simplicidade da vida quotidiana.

O Museu apresenta várias das suas obras, como “De Castigo” e “Interior”.

Aurélia de Souza, uma das figuras mais emblemáticas da arte portuguesa moderna, ficou conhecida pelo seu retrato e pela utilização de cores fortes e contrastantes.

O seu Autorretrato e as obras “O vestido verde” e “Estudo” são exemplos notáveis da sua obra, disponíveis no Museu.

Sarah Affonso Almada Negreiros, uma das primeiras mulheres a romper as barreiras sociais na arte, trouxe uma nova visão para a pintura, com uma “poética da ingenuidade”.

O Museu apresenta a sua obra “Mãe e Filha”.

Irene Vilar, dedicou grande parte da sua vida à escultura. É uma artista multifacetada, com uma vasta produção nas áreas da escultura, da medalhística, da numismática, da ourivesaria e da pintura.

A sua obra, que inclui a escultura “Maria Oswald”, está disponível para apreciar no Museu.

Estas mulheres, com as suas obras e vidas dedicadas à arte, merecem ser celebradas não só hoje, mas todos os dias, como exemplos de talento e perseverança na história da arte portuguesa.